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07/11/2019

Natura é a primeira empresa de cosméticos do Brasil a conquistar patente verde

Uma inovação tecnológica criada por pesquisadores da Natura e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) recebeu a primeira Patente Verde dedicada a uma empresa de cosméticos no Brasil. Trata-se da utilização de resíduos de ativos da biodiversidade Amazônia, obtidos da extração do óleo de oleaginosas, como murumuru, andiroba e castanha, como insumos de produção da companhia.

 

Anteriormente, a biomassa gerada como resíduo era utilizada para compostagem de solo e agora finaliza seu curso dentro da lógica da economia circular. Rica em carboidratos, fibras e lipídeo, o material agora passa a ser inserido em um novo produto com benefícios comprovados para a pele, graças ao novo ativo biotecnológico. A novidade será lançada ao consumidor em 2020.

 

Ao criar um novo ingrediente biotecnológico, as cooperativas fornecedoras da Natura na região Amazônica também passam a ter um novo modelo de negócios.

 

A inovação possibilitou à empresa utilizar como insumo a matéria orgânica que resta da sua produção. Com a parceria do IPT, de São Paulo, pesquisadores da Natura em Cajamar, na região metropolitana paulista, e em Benevides, no Pará, desenvolveram uma técnica para aproveitar os resíduos em projeto apoiado pela Embrapii-Piloto (CNI, Finep e MCTIC).

 

O registro – por sua vez - é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), ligado ao Ministério da Economia, e garante à Natura exclusividade no uso comercial da inovação durante os primeiros anos. O programa Patentes Verdes prioriza a análise de pedidos de registros relacionadas a tecnologias que ajudam a combater as mudanças climáticas.

"É uma grande conquista relacionada à economia circular, pois desenvolvemos uma técnica de uso integral de sementes da biodiversidade brasileira. O que antes virava adubo, agora gera uma oportunidade em outra cadeia produtiva", explica Roseli Mello, diretora de Inovação da Natura.

 

A inovação faz parte das diretrizes divulgadas pela companhia no documento Visão de Sustentabilidade 2050, como a de que os resíduos gerados deverão ser reutilizados em seu próprio processo produtivo ou tornarem-se insumo de alta qualidade por outro ciclo industrial ou natural.

 

Confira também a matéria publicada no Estadão.